segunda-feira, 9 de junho de 2008

CASACORPO


As simbologias da casa engendram uma poética instigante em torno do corpo e têm sido uma constante na produção da arte contemporânea. Seja através de elementos imprescindíveis em um lar, seja pelo aspecto da arquitetura interna e externa, a casa sempre repercute a dimensão humana em seus contextos político-sociais e assim, conseqüentemente reflete o próprio corpo. Porém, não mais limitado em si mesmo. CASA/CORPO é o desdobramento de uma exposição anterior – Casa Fechada – realizada no início deste ano por um grupo de artistas que utilizaram a imagem da casa como metáfora do corpo.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Encontro marcado



A transparência está presente na pintura de Ricardo Mello e na gravura de Fernanda Soares seja ela obtida pelo pincel ou sobreposição de imagens ou de apropriações fotográficas que reatualizam as linguagens tão tradicionais da arte.
Apresentando o resultado de um intenso trabalho os dois artistas encantam pelo domínio da técnica, que felizmente não se esgota em virtuosismos, e assumem as novas possibilidades criadas pelos materiais. Vá e veja.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Uma questão de pintura


Tenho me debruçado sobre a história recente da arte, da pintura e principalmente na produção dos últimos dez anos da artista Karin Lambrecht, quando iniciaram os trabalhos de sangue.
Chamo este período de série Registros de Sangue, acho que ela concordaria.
Confesso que muita coisa aconteceu nestes dois anos de pesquisa e, mesmo que eu tenha ficado reclusa estudando na maior parte do tempo, digamos que eu fui tocada pela experiência...
O trabalho acima intitulado Morte eu sou teu, é de 1997 , mas é apenas um detalhe da obra, que ainda tem dois desenhos, fios de cobre e uma agulha de argila.
Ele é o primeiro dos trabalhos realizados a partir da morte de um carneiro para consumo doméstico da carne.
Neste momento em que o final da dissertação se aproxima, fico feliz de ter feito a melhor escolha para meu tema de pesquisa.
As pinturas de Lambrecht me apresentaram uma possibilidade de conhecimento em artes visuais, o sensível e a história do homem pensada a partir do processo civilizador. Sigo trabalhando. Estou tendo um ótimo dia.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Corpo de Gobelins

Louise Bourgeois Spider 2003 Stainless steel and fabric Courtesy Cheim & Read, Galerie Karsten Greve and Galerie Hauser & Wirth © Louise Bourgeois Photo: Christopher Burke
www.tate.org.uk/.../images/works/166.jpg

Entenda o Gobelins

http://www.ambafrance.org.br/abr/label/label46/dossier/02.html

Louise e a Aranha



Hoje, mais uma vez contei a história que li durante a virada do ano.
O livro: Destruição do pai, reconstrução do pai
A artista: Louise Bourgeios
Embora o nome do pai soe forte no título é a história da mãe que me impressiona a ponto de eu contar sempre mais uma vez...
Louise morava com seus pais, restauradores de velhas tapeçarias gobelins, na beira de um lago alcalino, perto de Paris. Sua mãe manejava a agulha de mão como poucos. Ela também tingia as mechas de lã no tom exato da peça arruinada.
Louise aprendeu o ofício, mas a mãe era a grande tecelã. A grande aranha.
No pátio interno do MAM SP vi a Aranha pela primeira vez.
Louise estudou desenho com talento de uma escultora, foi monitora no Louvre, casou com um professor de história da arte norte-americano
No Louvre ela conheceu o marido e vários inválidos da guerra que tinham o direito assegurado pelo Estado de trabalhar ali.
A grande exposição da TATE em sua homenagem acabou dia vinte deste mês, deixando um catálogo fantástico onde é possível ver, entre outras obras, uma pequena aranha em aço inoxidável que tem o corpo feito de gobelins!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Mestiçagens na Arte Contemporânea

O que são Mestiçagens na Arte Contemporânea? Que obras e que pressupostos teóricos servem de base a essa problemática? O Colóquio visa trazer ao público reflexões de uma equipe internacional de pesquisa composta por historiadores da arte, críticos e artistas visuais. Serão apresentadas diferentes abordagens a partir de obras que trazem, em si, cruzamentos e tensões constitutivas de uma das questões contemporâneas mais importantes: a mestiçagem. A exposição simultânea mostrará instigantes obras realizadas nos últimos anos pelos artistas pesquisadores. Os dois eventos evidenciarão relações entre teorias da arte e práticas artísticas e entre poéticas e poiéticas das obras. Icleia Cattani

Exposição Mestiçagens na Arte Contemporânea
Abertura: 05 de dezembro de 2007Visitação: de 06 de dezembro de 2007 a 27 de janeiro de 2008Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGSPraça da Alfândega, s/n°. Informações: 32272311 Curadoria: Icleia Cattani
ArtistasAlfredo NicolaiewskyBernard PaquetEliane ChironLenir de MirandaMaria Lucia CattaniMaristela SalvatoriMarcelo GobattoPaulo Gomes

Com instalações, objetos, esculturas e vídeos que remetem ao interior de uma casa, a mostra Casa Fechada: Um Contexto em Aberto reúne obras de Munir Klamt , Laura Cattani , Klinger Carvalho, Marcelo Gobatto, Dione Veiga Vieira , Luciano Zanette e Gabriela Picoli. Marcelo Gobatto apresenta a projeção de vídeo intitulada Maria, que mostra imagens impregnadas de luz em um espaço repleto de memórias e intensidades afetivas. Ainda tendo o vídeo como suporte a mostra traz a videoinstalação Quarta Parede de Laura Cattani e Munir Klamt. Na obra os visitantes ficam diante de uma seqüência de escadarias que levam a lugares desconhecidos, com a proposta de instigá-los a repelir ou a sentirem-se convidados a desvendar estes novos lugares.